quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Os "especialistas" da mídia erraram, de novo, na tarifa de energia. Vale dinheiro...

 

 

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No dia 24 de janeiro, O Globo publicou matéria dizendo que Mesmo com chuvas, bandeira vermelha deve vigorar até abril, prevendo que o excedente tarifário de energia nem tão cedo fosse ser abolido.

No mesmo dia, postou-se aqui que a "Bandeira tarifária da eletricidade pode baixar no final da semana",  texto que afirmava que haveria redução da taxa extra, sucessivamente, em fevereiro e março.

Dias depois, houve o rebaixamento do valor extra e, a seguir, nova baixa, para a "bandeira amarela".

Hoje, anuncia-se a abolição da cobrança de qualquer excedente, a partir de abril.

Houve algo que justificasse a "bola fora" da grande imprensa na sua previsão sombria?

Não, absolutamente, não. As chuvas de fevereiro, embora constantes, não foram fartas.

O nível de precipitação ficou abaixo da média em todas as bacias do Sudeste e Centro-Oeste. Próximo à média (80% dela) só na Bacia do Rio Tietê. Bacias importantes, como a do Rio Grande, ficaram, até anteontem, em 50% da precipitação normal.

A quantidade de água que chegou às barragens, na região, ficou um pouco acima disso, pelo fato de os rios terem começado o mês com fluxos mais altos: estava, até hoje, em 84% da média histórica.

Ainda assim, como qualquer repórter poderia ter ouvido de pessoas do setor elétrico,  os reservatórios subiriam em fevereiro, porque para baixarem em fevereiro não basta que haja chuvas fracas, é necessário uma seca desastrosa.

A imprensa é um fator fundamental para que se limite o lobby das empresas do setor, sempre prontas cobrar mais alegando "crise hídrica".

Quando as águas baixavam, você ouvia os seus "especialistas" apontando o erro de terem sido rebaixadas as tarifas de energia.

Você está ouvido algum deles, agora que a água sobe, gritando para que as tarifas baixem?

Nada, silêncio.

As empresas do setor  se entupiram de dinheiro em nome do "realismo tarifário"  no ano passado.

Só que, agora, não querem nem ouvir falar nisso.

PS. Atualizei o post com a tabela nos níveis acumulados em 25 de fevereiro, desde 2012. É possível ver que há mais de três anos eles não estavam tão cheios na Região Sudeste, a mais importante do parque gerador brasileiro.

20 comentários:

JULIANO disse...

Eles criam a realidade como querem e bem entende, nem sempre se entendem, e muitas vezes por incompetência, na verdade de nada entendem. Do contrário estariam ajudando a construir o país que usurpam constantemente.

Amon disse...

Devia condenar essa o PIG como terroristas, e tomar todos seus bens (que foi adquirido de forma ilicita, como ja ficou provado varias vezes). Como Putin fez, algo parecido com um petroleiro, na Rússia.

O Brasil nao vai mudar enquanto existir a Direita golpista e a imprensa terrorista, e enquanto PT na partir pra cima e mostrar a que veii!

MacCain disse...

Isso sim importa...

Luiza disse...

Pois é, Brito, o caráter do empresário brasileiro é assim mesmo: aproveita a crise economica para aumentar ainda mais o seu lucro. .Quantas vezes o preço do pãozinho subiu por causa da alta do dólar no preço da farinha, mas quando a cotação do dólar caiu nenhum deles abaixou o preço na proporção da queda?? Eles sobem na alta e depois mantém apesar da queda, e o povo que se dane e pague mais caro se quiser manter o consumo daquele produto..
É e sempre foi assim com tudo...
A água cai do céu brasileiro, está no Brasil mas quem determina o preço dessa água é o acionista estrangeiro, porque o que ele quer é só o lucro da venda, nada mais. Na cabeça deles a matemática é simples: o preço aumenta por causa da seca e não justifica baixar só porque houve recuperação hídrica. O consumidor brasileiro que pague mais caro, e ponto final.
O brasileiro nao é dono de nada no Brasil. É um povo acostumado a ser explorado pelo seu próprio governante, então fica fácil para para o gringo chegar aqui e fazer o mesmo, inclusive porque recebe o apoio incondicional para fazer exatamente isso.
Nao demora muito e a Sabesp será privada na parte que ainda é pública. Alckimin vai entregar tudo o que puder ao mercado financeiro...Quando isso acontecer o preço da água irá para as alturas mas nem o MP ou a imprensa dará um único pio ou convocará panelaço ou manisfestação nas ruas, porque o povo não vem ao caso nesse país..
Enquanto o brasileiro nao tiver consciencia cidadã nem for politizado nada, absolutamente nada mudará nesse país. Pior é que quanto mais o tempo passa menos otimista eu fico em relação à isso, porque desde antes da eleição de 2014 ficou evidente que a classe que ascendeu socialmente durante esses anos petistas não tem nenhum comprometimento com a manutenção das políticas sociais que possibilitaram a sua ascensão além de demonstrar de forma explicita uma pobreza de espírito de dar pena. É uma gente mesquinha, ignorante e pequena..
Serão engolidos pelos conservadores que eles tanto apoiam hoje e voltarão à condição que atinham antes da ascensão, mas ainda não se deram conta disso. Quando perceberem o erro aí será tarde. Vão se lembrar dos programas sociais como algo que era bom mas que ficou no passado.

Lenita disse...

Gente, o momento e grave. CUT E PETROLEIROS VAO PRA RUA DEFENDER O PRE SAL. DILMA TEM QUE BLOQUEAR ESSE PROJETO NO CONGRESSO OU ENTAO VETAR ! ELA PRECISA ENTENDER QUE NAO HA OUTRA ALTERNATIVA. O BRASIL VAI DEFENDER O PRE SAL COMO PRIORIDADE MAXIMA. VAMOS TB DEFENDER LULA. DILMA QUE NAO TEM FORCAS POIS ESTA COMPLETAMENTE ANIQUILADA E ESCRAVA DO MERCADO, TEM A ABRIGACAO DE RESOLVER ESSA QUESTAO E RENUNCIAR SE FOR PARA AJUDAR O BRASIL. VAMOS GANHAR AS RUAS E VAMOS GANHAR ESSA GUERRA. A SOBERANIA DO BRASIL E O PRE SAL NAO ESTAO A VENDA !

Os “especialistas” da mídia erraram, de novo, na tarifa de energia. Vale dinheiro… – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.” | Q RIDÃO... disse...

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Maria Rita disse...

Interessante. Antes de Moro - o Muro divisionista, falava-se em pré-sal, todos os estados iam às ruas para garantir a sua cota mesmo não sendo estado produtor. Depois de Moro - o Muro, colocaram a Petrobrás - a empresa em suspeição. Os delatores, os verdadeiros ladrões, estão soltos, alguns poucos usando uma tornozeleira 'fashion' que dá para frequentar eventos chics como se nada tivesse acontecido com eles. Enquanto isso.., nos EUA, é tempo de eleições, tempo de promessas. Nossas escolas públicas estão em crise, nossa saúde está em ponto de miséria em muitos estados. Mas, as soluções do pré-sal, aquelas promessas com muito potencial, agora podem ser o potencial de eleição nos EUA. Para resolver os problemas da educação, da saúde e da economia, do PIB deles. Tirando casquinha ou cascão, virão os ingleses, os holandeses, uma festa! O CA pergunta sempre do que vive o Serra. De corretagem. É o maior corretor de empresas que não são dele e que foram erguidas com nosso suor, nosso sangue, nossa esperança. Vamos parar de achar que a civilização está na Europa e que o grande capital vive nos EUA e nos ricos países europeus. Esses representam a indústria do armamento, das guerras, da especulação financeira, da indústria farmacêutica em conluio com os grandes hospitais privados do mundo e das clínicas de luxo, atingem também o setor de educação mundial, das grifes religiosas de lavagem de dinheiro nas off shores desses países, da exploração eterna dos países periféricos. Vamos deixar de ser babacas e vamos à luta. O pré-sal é nosso, a festa e a celebração de mais desenvolvimento tem que ser nossa.

carlos cruz disse...

E o Cunha continua solto? E a esposa e filha continuam soltas? E o PGR calado?

Tomás disse...

Jandira Feghali está a denunciar: A lei antiterrorismo é o mecanismo jurídico que vai legitimar as ações de enorme repressão contra manifestações populares, na futura ditadura de direita que está começando a ser implantada no Brasil. É o substituto da Lei de Segurança Nacional, que só funcionava para adversários internos do regime. Tempos de escuridão se aproximam do Brasil.

Tomás disse...

Em tempo: Os militares não entregaram ao estrangeiro nenhum poço de petróleo nacional, nem tentaram acabar com a Petrobras, muito pelo contrário. Levaram a empresa a um grau de excelência inédito no cenário mundial, o que foi dilapidado pelo governo do traidor da Pátria FHC, que vendeu 30% da empresa em Nova York, e só não a destruiu porque lhe faltou tempo. Quem tem olhos para ver, que veja. Quem puder pensar, que pense. A hora não é de ficar enganado e nem apatetado.

ernesto disse...

Minha nossa, será que os estrangeru agora vão pegar o petróleo como quiserem e sair sem pagar nada? Onde é que você viu isso, menina? O petróleo em solo nacional é do Brasil, controlado pelo governo que pode decidir explorá-lo ou não. Quando quiser explorar parte dele, o governo definirá as condições em que o fará e escolherá uma empresa que fará o trabalho e pagará os impostos e royalties devidos. A lei anterior determinava que essa empresa devia ter pelos menos 30% de participação da Petrobras. A mudança que até a Dilma aceitou é que não existe mais essa obrigatoriedade. Assim, o Brasil poderá contratar a empresa que lhe oferecer as melhores condições, seja ela a Petrobras ou não. E esta empresa, na qual o governo tem uma participação, tem a preferência sobre as outras. Onde é que está o horror e os gringos roubando o petróleo?

RicardãoCarioca disse...

Com a nova lei antiterrorismo dá sim para enquadrar muitas reportagens do PiG como terrorismo. É só ler o texto da lei para ir lembrando das "notícias" mais escabrosas publicadas pelo PiG recentemente.

Edson J disse...

Menos, Fernando Brito. As empresas do setor, menos as do Grupo Eletrobrás (o grosso da geração e transmissão). Sabe por quê? Dê uma olhada no que o governo Dilma fez com elas, usando o pretexto (válido, mas só ele) da renovação das concessões. Deixou-as à míngua, com tarifas que não cobriam nem a operação, além de não indenizá-las pelo valor correto. Diante da traição explícita no caso da Petrobrás e do Pré-sal, agora, fica a dúvida: será que ela e sua turma queriam levar tais empresas a uma situação insustentável, justificando um seu sonho secreto de privatizá-las?

Joselito] disse...

Na realidade, parece que o setor se ENTUPIU de dívidas, em função de medidas adotadas pelo governo federal e, agora, está recuperando, à prazo de perder de vista (mediante a tarifa) o valor.
Ora, vamos pensar em uma empresa que, após medida governamental, comece a operar em enorme prejuízo mensal. O que ela faz? Fecha as portas, vende seus ativos e pronto, os acionistas estancam um vazamento de seu dinheiro, aplicando em outro setor ou outro país.
Não foi bem assim que ocorreu. As empresas ficaram no prejuízo (lembrando que grande parte delas são estatais) e, agora, tendem a recuperar os mais de 20bilhões de passivo gerado.
Vale destacar que, se as empresas continuarem com tantas dívidas, perderão seus ativos para a China, Inglaterra, EUA, França, etc. (assim como JÁ ACONTECEU com Jupiá e Ilha Solteira).
Deixar as empresas brasileiras com tantas dívidas, sem poder de recuperação, e com real tão fraco é blackfriday do mercado de energia brasileiro.
Neste momento, não daria para conciliar tarifas baixas com "manutenção da soberania brasileira" neste setor.
E ahhhh! Vale o registro: manter tarifas baixas poderá facilitar a entrada das estrangeiras que, após estabelecerem irão pressionar de toda forma para subir a tarifa.

Danilo Stinghen disse...

Continue fingindo acreditar que os Indivíduos responsáveis pela escrita desse projeto estão interessados na soberania nacional. Continue acreditando que o objetivo principal não é o mesmo das outras ivatizações feitas por essas mesmas pessoas.

Jose Horacio Pritz disse...

Isso é apenas um gostinho do capitalismo sendo "administrado" por ele mesmo.. Sendo "ajustado" por ele mesmo.. A cobra comendo o rabo..
E' um pequeno exemplo de aplicacao simples do neoliberalismo classico...

Roberto Monteiro disse...

Danilo, este ernesto acredita em tudo que vem dos tucanos, dos demos, dos morros e da mídia bandida em geral. Ele é um grande Pateta!

ernesto disse...

Deixe de ser bobo, rapaz, mostre o que está errado na lei e onde está o prejuízo para o país. Quanto às privatizações, veja qual é o verdadeiro objetivo dos falsos patriotas que são contrários a elas, que não estão preocupados com a sua eficiência ou o bem estar da população, mas apenas em ocupar politicamente as estatais e saqueá-las. E isso não é teoria, mas algo que foi e continua sendo feito. Esse é um daqueles casos em que vale a expressão "O patriotismo é o último refúgio dos canalhas".

claudio ribeiro disse...

Fernando, há também que se considerar outro fator importante.
A atividade econômica em queda neste verão ajudou no aumento dos reservatórios, pois dessa maneira foi possível estocar água.
A maioria das hidrelétricas no período de dezembro para cá, tem registrado mais afluência que defluência, porque, de fato, choveu mais nesse verão no sudeste/centro-oeste, que em 2015, somado a baixa necessidade de geração de energia elétrica.
Penso que a mudança ocorrida em final de janeiro já poderia ter sido para a bandeira amarela. A ANEEL foi conservadora.
O setor elétrico estatal tem sofrido um desequilíbrio econômico brutal por causa da antecipação das concessões. Existem questões referentes ao passado, como por exemplo a questão dos empréstimos compulsório de energia, lá dos anos 60 e 70, para capitalizar as estatais do setor elétrico, que geraram um passivo judicial que, hoje, ultrapassa os dois dígitos de bilhões!
Enquanto o governo não assumir este passivo bilionário, pois isto foi uma política de governo, não do setor, as empresas do setor elétrico estatal estarão sempre com uma faca no pescoço, pois lidam com provisionamento astronômico, o que rebaixa suas notas no mercado e compromete sua capacidade de obter recursos para os investimentos necessários ao desenvolvimento do país.
Mas, concordo com você: a mídia dita especializada, não informa, apenas politiza as informações e as distorcem para gerarem os fatos que preconizam... E tem conseguido, visto o inexplicável minitarifaço das distribuidoras no inicio de 2015.

Sidnei Santos disse...

Então, quer dizer, especialista, que o Governo Federal "deixou-as à míngua, com tarifas que não cobriam nem a operação, além de não indenizá-las pelo valor correto"? Pois bem, e quantas dessas concessionárias já tinham concessões havia mais de 50 anos, ainda tendo na composição dos preços de suas tarifas, aquela parcela destinada a amortizar os investimentos feitos? Basta você acompanhar quais foram as empresas campeãs de dividendos na década de 2000, que você poderá ter uma pequena ideia.